American Idol – 7×20: Noite Lennon/McCartney

Novo cenário, novo colunista. Coube a mim a duríssima missão de substituir os incríveis reviews do nosso amigo Lucas Carvalho, e já devo alertar que tenho tanto talento musical quanto um show acústico da Pepê e Nenem.

Anyway, essa estréia do top 12, mais do que tudo, serviu para nos lembrar (como se pudéssemos esquecer) o que é American Idol: simplesmente o maior reality show do mundo.

Passar para o top 12 significa cantar no palco imenso, receber uma atenção caprichada no visual deixando todos mais bonitos (que o diga a Amanda Overmyer) e sofrer mais pressão do que nunca. Claro que na sétima edição do programa não é qualquer um que vai cantar All by Myself com um talento de Bridget Jones (ops, teve gente que fez isso..)

Mas deixando de lado o hype forçado que o programa impõe (me digam se o Ryan não parecia vendedor de carros usados com o novo cenário) estamos diante do grupo mais forte ever.

Syesha Mercado – “Got to get you into my life”

 

É inegável a grande voz da Syesha, e até me arrpendo de já ter questionado seu talento em Hollywood, mas essa escolha de musica não a favoreceu tanto. Eu odeio o “comentário clássico Randy” (cara, começou meio estranho, fora de tom, mas man, no final você arrasou) mas ele se encaixou direitinho.

Chikezie – “She’s a Woman”

 

Depois que o Danny saiu semana passada eu criei meio que uma birra com o Chikzie, mesmo sabendo que não tinha diretamente sido sua culpa, mas hoje tive que dobrar minha língua, e foi uma das duas surpresas masculinas (a outra vem logo mais). O começo da música com o banjo e o clima caipira arrasaram, mas foi na virada do arranjo que Chikezie soltou a voz, exagerando um pouco, é verdade, mas garatindo sua permanência por mais uma semana.

Ramiele Malubay – “In my life”

 

Eu adoro a Ramiele, e me dói o coração ter que dizer que a apresentação foi um porre. Apesar de poder sentir a emoção em sua voz, a música não ajudou, nem ela ajudou a si mesma. Mas não há dúvidas que mesmo em uma semana má a garota mata uma Kristy Lee Cook da vida no grito.

Jason Castro – “If I fell”

 

A maior qualidade do Jason é também seu pior defeito: ele é legalzinho demais, o que o torna previsível. Dizer que não foi uma boa apresentação não seria coerente, já que é isso que ele tem feito desde o início da competição, mas a menos que ele se reinvente, sua permanência pode estar chegando ao fim soon.

Carly Smithson – “Come together”

 

A Carly é provavelmente a maior voz dessa competição, mas como nosso sábio amigo Lucas afirmava, Idol não é uma competição só de voz, se não seria um programa de rádio. Não consegui me empolgar tanto quanto os jurados, mas mesmo quando não é incrível, a Carly é ótima, e um daqueles candidatos que vão passar direto até a etapa final. Merecidamente.

David Cook – “Eleanor Rigby”

 

A segunda (e maior) surpresa da noite. Confesso que não curtia muit esse estereótipo de rockstar emo no qual o David se enquadrava, mas alguém previa que ele iria se dar bem desse jeito nessa fase? Após o começo um tanto quanto calmo da apresentação o nível foi subindo gradativamente até culminar em um grande momento. Serviu ainda para provar que há sim competidores correndo por fora nessa temporada.

Brooke White – “Let it be”

 

Simplesmente a melhor apresentação da noite. A Brooke tem uma personalidade e um carisma tão forte que já ganharia metade dos votos sem nem mesmo cantar, mas que escolha de musica incrível! Até mesmo as partes que soam um pouco fora do tom funcionam no tipo de voz dela. E ainda mais nessa época em que temos Ingrid Michaelson e Sara Bareilles da vida, a Brooke soa como algo pronto para estourar nessa temporada.

David Hernandez – “I saw her standing there”

 

O David é aquele tipo de candidato que eu nunca achei que fosse chegar tão longe, e infelizmente, ele realçou isso com uma performance totalmente desinteressante, uma das piores da noite.

Amanda Overmyer – “You can’t do that”

 

A Amanda é uma ótima front-woman. Preenche o palco com sua presença e sempre entrega um apresentação no mínimo divertida, só tenho medo de que alguma hora esse timbre de voz dela acabe cansando. Mas como isso não aconteceu ainda a gente fica feliz com o que viu hoje.

Michael Johns – “Across the universe”

 

Pessoalmente, achei a melhor apresentação masculina da noite. A escolha favoreceu a voz potente do Michael e a estratégia de ficar apenas cantando no centro do palco foi uma ótima idéia, mostrando que não é preciso encarnar a Whtney para chamar a atençaõ ali. Back to basics. Sempre funciona.

Acho que aqui dá para abrir um parentesis e mencionar: como assim o Simon não se lembra do nome da Carly? Ele enche a bola da moça semana após semana e solta uma dessas? O cúmulo.

Kristy Lee Cook – “8 days a week”

 

Fraco, fraco, fraco. Talvez não tivesse sido tão ruim se a Kristy tivesse levado uns porcos pro palco e recriado um celeiro, já que era isso que me vinha à mente o tempo todo. A garota é afinadinha, mas simplesmente não está no nível dos demais, e o jogo começa par valer assim que ela sair.

David Archuleta – “We can work it out”

 

Vou ser honesto. Eu não gosto do Archuleta at all. Odeio esse clima de “já ganhou” e é por isso que gostei de ver o menino se estrepando hoje. Péssima song choice, péssima entonação, sem contar que ele umedecendo os lábios de 5 em 5 segundos é no mínimo irritante, mas alguém acha que ele sai tão cedo? Também achei que não.

Enfim, no geral foi uma ótima noite de apresentações e um belo começo para essa disputa. Resumindo, para mim a melhor da noite foi a Brooke, seguida de perto por quase todos os outros, enquanto os piores foram o Hernandez, a Kristy e o (como fico feliz ao dizer isso) Archuleta.

Amanhã a gente se surpreende (ou não) com a eliminação e comenta a apresentação da McPhever. Té mais.