Se em Grey’s Anatomy Meredith Grey é ofuscada pelos coadjuvantes mais ricos do prime-time, Private Practice vem seguindo o mesmo caminho. Quando ficamos sabendo que Kate Walsh ganharia sua própria série, nós, fãs de Grey’s, sentimos dois sentimentos distintos.
a) ódio: a coadjuvante mais adorada e que mais vinha crescendo dentro do show, em temos de história e até pelo desenvolvimento esplendido de sua Addison Montgomery, vai nos deixar. b) felicidade: a coadjuvante mais adorada e que mais vinha crescendo dentro do show, em temos de história e até pelo desenvolvimento esplendido da sua Addison Montgomery, ganhará sua própria série. E após nove episódios temos uma terceira opção: c) esqueçam Kate Walsh, pois Private Practice é do Paul Adelstein.
O Cooper é o personagem melhor roteirizado, o Adelstein é o ator mais talentoso da série, e ele ainda conseguiu sair de vez da sombra de seu personagem em Prison Break, que era seco e sem potencial. Exatamente o contrário daqui. Já que a Amy Brenneman não vem ganhando um destaque merecido, Paul Adelstein dá conta do recado pelos dois. Kate Walsh transitou do luxo para o lixo. Antes era sua personagem que se destacava. Agora não, é ela que faz os outros brilharem. E isso faz toda a diferença. A protagonista se tornou justamente o que eu temia: uma mera coadjuvante de sua própria série.